Espaço nostálgico, fotos, vídeos, músicas, o melhor e o pior das reminiscências pop-culturais da melhor década do século XX: os anos 80.
Adenda: se virem aqui algo dos anos 70 ou 90, mas com um 80´s feel, não levem a mal!
...who doesn´t miss A-Team (ou Esquadrão Classe A ou Soldados da Fortuna). Muitos carros destruidos, milhentas balas disparadas...e ninguém nunca morria. É mais ou menos como no Iraque...
Quando eu tinha 11, 12, 13 anos gostava muito de jogar em casa ou na casa de amigos jogos nos nosso velhinho ZX Spectrum. Por volta dessa altura, comecei a ler revistas inglesas de jogos como a Crash ou a Your Sinclair, e eis senão quando, toda a minha maneira de ver a vida se alterou quando reparei neste anúncio (que deu celeuma no Reino Unido) do jogo Barbarian. A causadora dessa alteração foi a escultural modelo e Page 3 girl Maria Whittaker!
A bela morena teve direito ao seu próprio jogo, de Strip Poker, anos mais tarde. Escusado será dizer que era muito melhor que o Barbarian!
A música dos anos 80: roupas azeiteiras, penteados azeiteiros, muito make-up? Sim, mas não só. One-hit wonders! Montes de one-hit wonders. Como estes Tommy Tutone, e a sua perturbante música sobre o amor e a obsessão de um homem por uma prostituta cujo número de telefone ele viu escrito na parede. Penso que esta música é muito subvalorizada, e não suficientemente conhecida. Atrás de uma idéia simples e de um refrão catchy, está um curioso ensaio sobre a solidão e os sentimentos possessivos. Esta canção deu também origem a milhentos trotes telefónicos à custa das pobres pessoas na América cujo número de telefone é 867-5309.
Nunca entendi porque é que esta série dos anos 80 não conseguiu nunca granjear a fama de uma Twilight Zone ou de um Tales from the Crypt. Esperava-se que uma série de ficção-científica/terror desta qualidade alcançasse status de cult; quanto mais não seja pela voz-off do narrador, no início e no fim de cada episódio. Isso costumava-me assustar mais que a própria série em si.
Há dias dissertava no msn com um amigo meu sobre o Seth McFarlane, e dizia eu que uma das coisas que gosto no Family Guy é que é uma série dirigida sobretudo às crianças dos anos 80, pois tem bastantes referências culturais que só as pessoas nos seus 20 e muitos, 30 e tal anos (tal como eu ou o Seth) é que entendem. Dei o exemplo do American Dad, outra grande série do Seth, em que há uma curta referência ao Africa dos Toto, coisa que a esmagadora maioria dos teens nunca entenderiam, e o meu amigo diz-me: "Pouca gente se lembra dos Toto. Estamos mesmo velhos. "
Como eu ontem vi o provável vencedor do Oscar de Melhor Filme deste ano (filmes onde o Leo DiCaprio morre tem sempre boas hipóteses de arrecadar a estatueta dourada), passado no Continente Negro, pois que se ressuscite este espaço com Africa dos Toto.
"...the only people for me are the mad ones, the ones that are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commomplace thing, but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars and in the middle you see the blue centrelight pop and everybody goes "awwww!" - Jack Kerouac